MENSAGEM AO PAIS
A finalidade desta "Mensagem" é mostrar aos pais e educadores,
de forma clara e direta, o que vem a ser uma criança de cérebro lesado, sem que
se crie nenhum problema por causa disso. Tudo que iremos descrever a partir
desse momento sobre esta criança, tem o sentido de mostrar aos pais que, longe
de ser um castigo, sua vinda para a família é, de certa forma (e por mais
incrível que pareça) uma benção divina. A criança é, dentro das características
que apresenta, um forte elo de união entre os que a rodeiam. No princípio, é
necessário que todos se unam em torno dela. Com o tempo, porém, verão os
benefícios que isso trará para a família inteira.
No mundo atual, tudo leva uma família a se dispersar. Uma
criança desse tipo, quando vista com inteligência e bondade pela família, é sem
sombra de dúvida, um fator de união. O impacto que uma criança de cérebro lesado
traz para os seus familiares nos dias atuais (muito em decorrência do descaso e
do abandono do passado) precisa deixar de existir. Volto a dizer: o objetivo
maior deste estudo é mostrar que a vinda dessa criança para a família é mais um
prêmio que um castigo. Ela deve ser vista como uma motivação a mais para que a
família se mantenha coesa e, quase sempre, mais unida do que aquela onde não há
uma criança assim.
A medicina, num passado de 100 anos, pouco ou nada fez pela
criança de cérebro lesado. Esta situação melhorou muito nos últimos anos e já
vemos no mundo inteiro mais pesquisas sobre este assunto.
Conhecemos, através da História, vários casos de crianças
abandonadas que foram criadas no meio de animais. Crianças que deveriam ser
filhos de agricultores em zonas primitivas, de pouca população e que, tendo
ocorrido alguma catástrofe com seus pais, ficaram entregues à própria sorte .Na
maioria dos casos, elas acabaram sendo socorridas por animais. Na Itália, duas
crianças de 9 e 11 anos foram encontradas vivendo com lobos. Alimentavam-se com
comida deteriorada e apresentavam as mesmas características e hábitos daqueles
animais. Uma dessas crianças morreu alguns dias após trazida para a civilização.
A outra ainda sobreviveu por dois anos, sempre numa situação anormal. Elas não
conseguiram mais se adaptar ao meio-ambiente humano.
Na Índia temos um caso que faz parte, inclusive, da literatura
médica mundial, onde um rapazinho foi encontrado no meio de animais selvagens e
apresentava os mesmos hábitos que estes. Levado para a civilização, viveu mais
algum tempo, talvez dois ou três anos, mas sempre intranqüilo, temeroso e
agressivo, como qualquer animal selvagem quando preso. Um dia, levado ao jardim
zoológico, na presença de seus "irmãos de criação", pela primeira vez teve
sossego, enquanto guardava uma face tranqüila e emitia sons semelhantes aos dos
animais.
A partir destas experiências, tiramos as seguintes conclusões:
se um indivíduo normal cai por qualquer circunstância, num ambiente selvagem,
durante uma fase em que seu sistema nervoso ainda não se desenvolveu, fica preso
àquele ambiente, dele tirando os conhecimentos e hábitos necessários para sua
sobrevivência. Assim, por que querem criar ambientes sociais especiais para
criança de cérebro lesado? Este é um erro que o mundo inteiro comete e pelo qual
acaba pagando muito caro. Felizmente, nos dias de hoje, isso já começa a ser
compreendido.
Crianças, que ainda não se organizaram, que não têm conduta nem
compreensão, e nas quais o sistema nervoso ainda não se desenvolveu
completamente, não podem viver dentro de um ambiente carente e cheio de
deturpações. Se criarmos instituições assim para colocá-las, estaremos fazendo
delas crianças mais deficientes ainda.
Já é tempo do mundo despertar para este problema. O homem é
fruto da estimulação do meio ambiente sobre o seu potencial intelectual e
físico. Esta estimulação é que faz com que ele fique menos ou mais desenvolvido.
Os animais nascem com aquilo que chamamos de "consciência química" e que muitos
chamam de "instinto". O homem nasce com seu sistema nervoso ainda imaturo e
incompleto. Ele também traz em si essa herança química que passa de geração à
geração, mas não com a mesma intensidade dos animais.
Os pássaros, por exemplo, já nascem sabendo fazer seus ninhos,
sendo que cada espécie faz o seu de uma maneira diferente. Assim, pelos tipos de
ninhos, podemos conhecer os pássaros. Entretanto, não existe entre eles uma
"escola para ensinar a fazer ninhos", bem como não há, entre as aranhas, escola
para se aprender a fazer teias. Os filhotes já nascem com essa capacidade, com
esta memória química. Ninguém dá aulas para as árvores de arribação, bem como
não lhes dizemos a época própria para migrar. O salmão é um peixe que nasce nos
rios e atravessa cachoeiras até chegar ao Oceano. Ele viaja milhares de milhas
pelo mar a fora e, na época da reprodução, volta ao lugar de origem, ou seja: ao
rio onde nasceu. Na viajem de volta, não há outro guia a não ser seu próprio
instinto. É para ele uma coisa natural. Não há a menor necessidade de
ensinamentos ou escolas.
O homem não tem seus instintos tão desenvolvidos quanto os
animais, que "já nascem sabendo coisas". Quase tudo no homem é aprendido através
de condicionamento. Seu cérebro, por mais estruturado que seja, anatômica e
fisiologicamente, se não receber estímulos, não funcionará. Se não dermos a uma
criança a oportunidade de ouvir, ela não chegará a falar. Se não a estimularmos
a ler, ela não aprenderá. Sendo a leitura e a escrita produtos da organização
neurológica, elas serão obtidas através da evolução do sistema nervoso central.
O homem, como último e mais sofisticado produto da escala
filogenética, ou seja, da escala do desenvolvimento da espécie animal, reproduz
ele próprio todo o desenvolvimento filogenético. Por isso, o desenvolvimento do
seu sistema nervoso central é bem diferente dos animais. A maioria destes já
nasce com a capacidade de sobrevivência assegurada, o homem não. Se ele não for
ajudado e ensinado, não terá condições de sobreviver. Pelo menos não sozinho, na
plenitude de sua capacidade.
Quero, com isso, mostrar que o homem tem um sistema nervoso muito bem
organizado, que anatômica e fisiologicamente, está preparado para altas
condições de funcionamento, porém, tudo, dentro deste funcionamento se faz
através de um aprendizado ligado ao meio ambiente.
Vemos então que o homem é
produto dos estímulos que recebe do meio ambiente , ou melhor, seu sistema
nervoso se desenvolve pelo uso, dentro de um ambiente apropriado.
Assim, se isto é correto como acreditamos que seja, não podemos
separar a criança de cérebro lesado dos outros seres humanos, afinal, "
ela também é um ser humano ," a menos que queiramos fazer
realmente da dela uma criatura inferior. Foi esse erro que, no passado, fez com
que essas crianças fossem totalmente desacreditadas e discriminadas.
A lesão cerebral, quando diagnosticada precoce e
superficialmente (embora correta, na maioria das vezes) faz com que a criança
fique marcada num ambiente normal. Sem investigações profundas, nada podemos
afirmar. Enquanto isso, a criança fica relegada a segundo plano, criando-se em
torno dela um ambiente especial que particularmente chamamos de "ambiente
de privação dos sentidos" . Privação dos sentidos da audição, visão e
tato, privação da função da linguagem escrita e falada e até mesmo movimentos.
Se pegarmos uma criança normal, nascida no mesmo dia que uma
criança de cérebro lesado, e a colocarmos no mesmo ambiente de privação dos
sentidos, onde se costuma colocar uma criança de cérebro lesado, vamos ver que,
no fim de alguns anos, teremos a criança "normal" num grau bem
inferior ao da chamada normalidade, em situação igual a da criança de cérebro
lesado. Ela não terá condições de falar, de ouvir ou de entender bem as coisas,
pois foi colocada num ambiente pobre em estímulos. Ela poderá se diferenciar da
criança de cérebro lesado pela fisionomia, que não terá os traços da lesão, mas
suas atitudes, gestos, linguagem, maneira de se portar e tudo o mais serão
idênticos.
Chamo muito atenção dos pais para esta situação: é um ambiente
inadequado, um ambiente anormal, que faz com que a criança de cérebro lesado
realmente se transforme em anormal. É natural que uma criança normal possa,
dentro de um ambiente pobre, se desenvolver normalmente. Mas uma criança de
cérebro lesado dentro de um ambiente assim, é mais pobre ainda, e nunca chegará
a normalidade. No entanto, se esta criança for colocada num ambiente superior,
terá muito mais chances de ser uma criança normal. Nosso objetivo não é
transformá-la num gênio. Apenas levá-la para normalidade devida, procurando dar
à criança de cérebro lesado uma situação de pleno desenvolvimento de suas
potencialidades.
"MINHA MENSAGEM AOS PAIS É QUE, ANTES E ACIMA DE TUDO ACREDITEM
NOS SEUS FILHOS DE CÉREBRO LESADO!"
A criança, ao nascer, recebe as boas vindas de toda a família.
Existe um crédito imenso sobre esse novo ser que, na presunção de todos, vai
continuar as suas tradições. Na hora em que nasce uma criança, todos ficam muito
alegres, satisfeitos e contentes. Mas, no momento em que alguém nota nela algo
de diferente e descobre algum fato negativo, esta que estava sendo recebida com
todas as alegrias, imediatamente é vista de forma obtusa. Assim, vamos encontrar
nossa criança numa situação muito triste dentro do ambiente familiar e,
conseqüentemente, dentro do ambiente social. A criança passa a ser vista de
maneira totalmente errada, ela é vista como uma excepcional. O meio social não
lhe dá oportunidade no sentido de que ela venha a ser uma criatura normal. O
ambiente social comete todos aqueles erros que vem do preconceito dos técnicos e
se refletem no meio ambiente familiar.
Assim, verificamos que a criança de cérebro lesado é vista como
mais um deficiente mental. No entanto, não vemos como enquadrá-la dentro deste
conceito. A não ser quando deixamos que seu desenvolvimento neurológico ocorra
dentro deste estado de erro. Se não ativarmos a criança de cérebro lesado, se
não pedirmos a ela provas de que pode fazer uma série de coisas, se não a
ensinarmos e colocarmos dentro de sua cabecinha informações tais que um dia, ela
possa nos dar respostas, ela simplesmente não terá como fugir de sua deficiência
neurológica e, em decorrência disso, não terá como escapar de uma deficiência
mental.
A esta altura, os pais já começam a ver que quase tudo está
errado na maneira como se olha para seu filho, porém, em qualquer circunstância,
em qualquer idade, se modificarmos esse ambiente criado para ela, vamos
encontrar respostas concretas, boas, que trarão para a criança uma situação
melhor.
Minha mensagem aos pais é de crença, e de assistência positiva,
através de estímulos. Que a criança receba o que toda criança normal precisa
para o seu desenvolvimento ontogenético normal, e, às vezes, que receba
estímulos acima do normal.
Há alguns anos estivemos em uma clínica e, em conversa com o
médico chefe, ouvimos que nenhuma dessas crianças nasce com problemas mentais,
mas sim, com tendências que são desenvolvidas a partir do segundo ano de vida.
Se o meio ambiente não for capaz de frear essas tendências, e um outro
condicionamento não trouxer perspectivas melhores, esta criatura acabará com
problemas reais de deficiência mental. Estamos certos de que o ambiente, por si
só, é capaz de fazer com que a maioria das crianças de cérebro lesado possa
entrar na faixa de normalidade de vida, ou então chegar bem próximo dela. Os
pais têm portanto uma grande responsabilidade, pois a eles cabe o trabalho de
formação deste ambiente, tão necessário ao desenvolvimento de seu filho.
Sei que, para muitos, falar em "normalidade", em relação à uma
criança de cérebro lesado é quase um "crime", uma "aberração", mas até hoje,
nenhum desses indivíduos conseguiu fazer com que uma única criança assim ,
entrasse nessa faixa. Colocadas da forma que são, num ambiente carente, nada se
pode esperar delas.
NORMALIDADE DE VIDA
No nosso entender, dar normalidade de vida a uma pessoa,
significa dar a ela as condições mínimas capazes de trazê-la para um ambiente de
vida normal, ou seja: condições de escolaridade em qualquer uma de suas faixas
(elementar, média e universitária), além de tudo mais que possa garantir sua
sobrevivência por conta própria.
Entre os indivíduos normais, sem problema algum, poucos são os
que tem condições de chegar ao nível universitário, a maioria fica entre o
elementar e o médio. No entanto, ninguém jamais classificou essas pessoas como
retardadas mentais ou indivíduos inferiores. Por isso, quando falamos em
normalidade, nos referimos à este grupo imenso que constitui os obreiros, em
todos os níveis profissionais. São aqueles que constroem algo em benefício de
todos, não estamos nos referindo aos "gênios".
Precisamos dar a criança de cérebro lesado OPORTUNIDADES
NORMAIS. Isso significa dar a ela conhecimentos sobre o ambiente de
seu lar, de tudo aquilo que está em torno dela, da utilidade das coisas dentro
de casa e da relação entre os objetos e as pessoas. Temos que informá-la sobre a
utilidade dos alimentos, das frutas, ensinar à ela as demais atividades da vida
diária, a higiene pessoal, os bons hábitos e a maneira correta de se vestir.
Precisamos ensiná-la a conhecer os dias da semana e do mês, enfim: temos que
encher sua cabeça com todas essas informações. Fala-se muito em"amor
excepcional", eu traduzo este amor em informações que se possa dar à criança, e
não só em carinho e beijinhos.
Precisamos mostrar-lhe a utilidade e a beleza das coisas da
vida, como os pássaros voam, o céu é azul etc. Precisamos encher de informações
aquele cérebro pouco desenvolvido, que está quase que vazio, isso dará a ele
condições de funcionamento dentro da normalidade. A criança precisa ser
informada muitas vezes para que, posteriormente, possa dar respostas aquilo que
lhe for solicitado. Não podemos querer que todas as vezes que lhe trouxermos
informações ela demostre imediatamente que as compreendeu, isso é impossível.
A mãe de uma criança normal, nas primeiras semanas de vida, já conversa com
seu filho, e durante horas seguidas repete, diariamente, as palavras e frase
mais comuns: "mamãe", "papai", "titia", "vovó", "olha o irmãozinho brincando"
etc. Para que isto? É uma necessidade da natureza que a obriga a esta conversa.
Isso se faz necessário porque estas informações é que irão dar, um dia,
condições para que a criança se expresse e mostre seus próprios pensamentos.
Muitas vezes, mesmo a criança normal demora a falar, ela pode começar aos
sete, aos 8 meses, ou então aos três anos de idade. A mãe, sabendo que o filho é
normal, insiste e repete sempre, diariamente, por meses e até anos à fio,
aquelas mesmas palavras. Um dia, a criança começa a balbuciar o que lhe foi
exaustivamente repetido, ou seja: ensinado.
Persistência, muita persistência, é o que recomendamos à mãe de
uma criança de cérebro lesado. Tenha entusiasmo. Esqueça a tensão nervosa. Não
descreia da criança. Tenha alegria de viver, para poder transmiti-la a seu
filhinho. Tenha sempre em seus lábios um sorriso. Afugente a tristeza e tudo
correrá bem com a criança. A mãe da criança de cérebro lesado deve ter a mesma
persistência em repetir para ela, como a mãe de uma criança normal, para que um
dia tenha a grande alegria de ver sua criança dando respostas àquelas
informações.
Naturalmente, existe uma diferença muito grande entre criança
de cérebro lesado e a criança de cérebro normal. Na criança de cérebro lesado
existe uma deficiência, enquanto na criança normal não há problema algum. No
entanto as duas se igualam naquilo que chamamos de necessidades de
informações . A criança de cérebro lesado precisa de mais e recebe
menos, porque a mãe, nervosa, ansiosa, tensa, abatida moralmente, não tem
condições de dar estas informações com a mesma freqüência, intensidade e duração
que a mãe de uma criança normal.
Os pais verão que o problema do cérebro dessa criança é falta
de ativação, de informações e melhor mielinização, para que possa dar as
respostas. Não podemos esquecer que as células nervosas melhor mielinizadas dão
respostas as funções de uma maneira mais precisa. Quanto mais rica de
mielinização for uma célula nervosa, mais qualidade terá seu funcionamento.
Existe erros que são praticados até mesmo em crianças normais.
Diante de uma criança como a nossa, essas informações erradas e incompletas
criam ainda mais problemas que aquelas que foram adquiridas normalmente.
Queremos mostrar à família que erros acumulados trarão para a criança de cérebro
lesado uma situação deficiente. Mas, se em lugar de erros nós lhe dermos boas
informações, vamos tirá-la de suas deficiências. Vamos criar uma situação
superior para ela. Essa atitude deve ser tomada no meio social e em todos os
ambientes em que ela se encontre.
Vamos, pois, ter um grande cuidado, um grande carinho para com
a criança de cérebro lesado, não aumentando suas deficiências, mas, ao
contrário, tendo como objetivo a retirada desses obstáculos. Os pais das
crianças vivem sonhando com um remédio milagroso que possa trazer seus filhos
para a normalidade de vida e, no entanto, sem nenhuma despesa dentro da sua
própria casa, cada família pode fazer com que seus sonhos se tornem realidade.
Tudo isso exige, contudo, muita perseverança, honestidade e inteligência por
parte dos familiares. Só a família inteligente, honesta e perseverante poderá
salvar sua criança de cérebro lesado colocando-a numa faixa de normalidade de
vida.
INSTITUIÇÕES
Que cada criança, jovem ou adulto portador de lesão cerebral ou
com problemas de ordem neurológica, ao procurar a Instituição receba uma
programação de acordo com suas necessidades motrizes, sensoriais e fisiológicas.
Programação esta que tem por objetivo, a integração da pessoa
portadora de lesão cerebral ou com problemas de ordem neurológica, à vida
normal, assegurando-lhe melhor condição de desempenho, no sentido de superar
suas limitações.
Cada um é avaliado de acordo com seu desenvolvimento humano, o
que possibilita o levantamento de suas necessidades e o planejamento de uma
programação técnica focalizando a área primária de seu distúrbio neurológico, ou
seja, a causa primária responsável pelo desencadeamento de inúmeros sintomas.
A programação não focaliza os sintomas apresentados, por serem
resultantes de toda uma problemática neurológica, também não enfoca a patologia
apresentada por estar limitada aos sintomas, outrossim, tem por base, técnicas
de estimulação cerebral. Estas técnicas são cuidadosamente passadas aos pais de
forma que estes possam compreender seus princípios, os detalhes técnicos e a
forma como elas vão ao encontro das necessidades de seu filho, para que possam
confiar no tratamento, e colocá-lo em prática ao retornarem a seus lares. Um
meio ambiente rico em estímulos, possibilitará que seus filhos percorram o mesmo
caminho trilhado por todo ser humano no seu processo de humanização.
A proposta e objetivo primordial da
Instituição é portanto, que os pais aprendam o que fazer pelo seu filho portador
de lesão cerebral, desempenhando eles mesmos o papel de técnicos, não deixando
que o tratamento seja a técnica pela técnica ou uma relação de profissional e
paciente, mas uma relação de pais com especialização técnica no que se refere as
necessidades de seu filho. Saindo da condição de pais impotentes, onde o poder
do conhecimento técnico está somente nas mãos de profissionais e passando à
condição de pais ativos, com o poder de ajudar efetivamente seu filho, durante o
tempo que for necessário com a dedicação e o amor que só os pais são capazes de
fazer.
COPIADO DO SITE
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